Avaliação de conforto térmico na Estação Antártica Comandante Ferraz

RESUMO

As condições climáticas e de característica inospicidade do ambiente antártico (baixas temperaturas, ventos com alta velocidade, isolamento e necessidade de preservação do ambiente natural) exigem um estudo aprofundado das várias áreas que abrangem o conforto ambiental das edificações, visto que o cumprimento das exigências das normas nacionais e internacionais relacionadas aos assuntos significam, além da aproximação da garantia da saúde e bem estar dos usuários, uma importância adicional vinculada à segurança pessoal. Adicionalmente à inospicidade do ambiente, a necessidade de confinamento dos usuários associada a longos períodos de permanência e a presença de equipamentos revela um cenário com acentuada importância de estudo do conforto térmico, principalmente pela diferenciada situação pré-antártica em que a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) se encontra. De forma geral, constatou-se que entre os principais problemas relacionados com o aspecto térmico no interior dos ambientes estão: formação de ilhas de calor, com diferença entre a temperatura do piso e do teto; diferenças de temperaturas entre ambientes e destes com o ambiente externo; trocas térmicas do interior versus exterior por ineficiência/inadequação do material empregado, tipologia inadequada dos ambientes em relação à ação do vento; e falha nos sistemas de vedação, principalmente nos elementos móveis (janelas e portas). O objetivo geral desta pesquisa consistiu em realizar uma avaliação do nível de conforto térmico da EACF utilizando como critérios as recomendações normativas internacionais relativas à avaliação do conforto térmico. O método prevê a medição dos índices de conforto térmico nos ambientes com maior ocupação, proposto pelo modelo PMV/PPD empregado na ISO 7730 (2005), utilizando para isso equipamentos adequados para coleta das variáveis ambientais. Os resultados alcançados revelaram que o conhecimento dos parâmetros térmicos contribuem para a elaboração de diretrizes de projeto adequadas, bem como para o estabelecimento dos limites térmicos aceitáveis pela maior parte das pessoas para situação de ocupação brasileira na Antártica.

Data: 2011

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