Avaliação de desempenho entre as tipologias de aberturas zenital e lateral no quesito iluminação natural de ambientes internos

Esta pesquisa trata da relação entre as tipologias de aberturas zenitais e laterais quando relacionados à iluminação natural de ambientes internos. A iluminação natural é tema que deve ser tratado de forma cuidadosa em projetos e está vinculada diretamente às aberturas das construções. O objetivo desta pesquisa foi analisar a disponibilidade de luz natural em ambiente interno de uso comercial proveniente de abertura lateral quando comparada ao ganho lumínico proporcionado por aberturas zenitais. Na metodologia o processo de obtenção de dados envolveu simulações com o software TropLux de um ambiente pré-determinado da cidade de Vitória-ES (LAT 20° 19' S), sendo este testado nos tipos de céus padrões 3 (encoberto), 7 (parcialmente encoberto) e 12 (claro) da CIE (International Commission on Illumination) nas orientações Norte, Sul, Leste e Oeste. Foram feitas avaliações da disponibilidade de iluminação natural do ambiente interno sendo observados os valores de iluminância e a uniformidade. Para tanto foram utilizados três modelos de aberturas zenitais – dômus, shed e lanternim –, acrescido de um modelo de abertura lateral, tipo janela. As análises das iluminâncias do ambiente interno foram comparadas aos intervalos de valores das UDIs (Useful Daylight Illuminances) e a uniformidade foi analisada por meio de comparação aos dados sugeridos pela ABNT. No que se refere aos percentuais de horas das UDIs, as análises foram feitas para todos os dias do ano, em dez horários do dia, de 8:00 às 17:00 horas. No que se refere à uniformidade esta foi analisada no dia 21 de cada mês do ano (janeiro a dezembro) nos horários de 10h00 e 14h00, conforme sugere a NBR 15215-4 (ABNT, 2005). O resultado das simulações para os percentuais de horas das UDIs,
mostra que no caso da adoção de aberturas zenitais em locais com características de Céu 3 (encoberto), esta deve ser preferencialmente dômus; já para locais com características de Céu 7 (parcialmente encoberto) e 12 (claro), estas devem ser do tipo lanternim ou shed. No quesito uniformidade, em locais com característica de céu 3 (encoberto), as aberturas do tipo lanternim e shed contribuirão de maneira mais efciente para ambientes internos com menor contraste de iluminância ao longo dos meses do ano, quando comparadas às outras tipologias de aberturas. Para os Céus 7 (parcialmente encoberto) e 12 (claro) somente com o Lanternim que se obtém os melhores resultados de uniformidade, acima do mínimo estabelecido pela NBR ISO/ CIE 8995-1:2013. No que se refere as curvas isolux, Céu 7 (parcialmente encoberto), orientação Norte, os resultados da simulação confrmam a efciência do tipo Lanternim ao resultar em valores desejados de iluminância durante o ano e boa distribuição de luz no compartimento. Para tanto, conforme esperado, concluiu-se que a tipologia de abertura lateral não é tão vantajosa quanto à necessidade de uniformidade do ambiente interno, portanto será com as aberturas zenitais que o ambiente interno apresentará os melhores resultados no quesito uniformidade, garantindo menores contrastes lumínicos no ambiente interno
 

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