A Geometria dos Cânions Urbanos e o Desempenho Luminoso no Interior das Edificações

A eficiência energética nas edificações, associada à adoção de estratégias bioclimáticas no projeto, apresenta-se como uma tática eficaz na concepção de espaços urbanos mais sustentáveis. Nesse sentido, a iluminação natural destaca-se pela vantagem de ser uma fonte de energia renovável, não poluente e a custo zero. Entretanto, a quantidade e a qualidade da luz natural no interior das edificações está relacionada com as características do entorno local, dentre estas, a largura das vias e a altura das edificações, parâmetros estes estabelecidos pelas regulamentações urbanas. Diante disso, esta pesquisa objetivou avaliar a interferência da geometria dos “cânions urbanos” no desempenho luminoso no interior das edificações. A metodologia consistiu em um estudo paramétrico, por meio de simulações computacionais no Programa TropLux para três tipos de céu padrão da CIE (3, 7 e 12). A análise foi realizada a partir da comparação dos valores médios anuais de iluminância e dos percentuais enquadrados nos intervalos das UDI’s (Useful Daylight Illuminances), considerando as principais orientações cardeais. A partir dos resultados, constatou-se a redução da iluminância à medida em que se aumenta a relação H/L. Entretanto, a geometria do “cânion urbano” que propiciou menores níveis de iluminância (H/L=1.16), em função de obstruções mais altas, foi a que apresentou melhor desempenho, visto concentrar o maior percentual das UDI´s enquadrado no intervalo 100 lx/2000 lx e diminuir o percentual de iluminância excessiva para a maioria dos céus e orientações analisadas.
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