METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO LUMÍNICA: ESTUDO DE CASO ESTAÇÃO ANTÁRTICA COMANDANTE FERRAZ

A luz define o que se vê, e esse fenômeno envolve o objeto iluminado, o objeto que ilumina e quem o observa. Na arquitetura, a luz auxilia na percepção dos aspectos formais, conceituais e participa ativamente dos resultados finais, principalmente quanto ao conforto. Especificamente, no que se refere ao usuário e a luz, estão intrínsecas questões fisiológicas e psicológicas assim como o entendimento entre o limiar do conforto e do desconforto humano. Os índices lumínicos propostos e os métodos existentes mensuram normalmente condições padrão de uso e de localização, ou seja, não costumam ponderar a condição de exceção. Situações em que uma pequena quantidade de luz de um ambiente pode ser julgada inadequada nos padrões estabelecidos por normativa, para outras caracterizadas pela reduzida disponibilidade de luz, aquela mínima quantidade existente pode causar um efeito positivo, e não negativo. A pesquisa teve como objetivo geral desenvolver uma metodologia para avaliar a condição de conforto visual para o ambiente Antártico, cuja disponibilidade de luz requer estudos específicos, tendo como estudo de caso a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Os resultados obtidos indicam uma nova faixa avaliativa, desenvolvida a partir da Useful Daylight Illuminance (UDI), e o método final apresenta o desempenho lumínico do espaço, através do diagrama de flutuabilidade, medido de duas formas: com um panorama estático, de hora em hora; e dinâmico, com períodos demarcados, concomitantemente. A visualização dos dados compilados nos diagramas permite a avaliação do ambiente e funciona como uma ferramenta ao projetista.

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