Proposta de indicadores de avaliação de sustentabilidade urbana para países Latino-americanos

É indiscutível que o processo de desenvolvimento da sociedade contemporânea foi construído
alicerçado em conceitos insustentáveis, pelo qual se observa uma evidente demanda na busca de
soluções que atenuem os problemas já verificados. É também amplamente reconhecido que os principais
centros de desequilíbrio ambiental estão nos espaços urbanos e em suas edificações, onde se
concentram também os maiores provedores de facilidades e conforto humano. Embora grande parte da
promoção da sustentabilidade da edificação dependa da sustentabilidade da cidade – e vice-versa – os
processos e critérios a serem considerados são individuais e diferenciados, sendo neste artigo abordado
especificamente a vertente da sustentabilidade urbana. Observa-se ainda que os instrumentos de
avaliação de sustentabilidade urbana, geralmente, além de ignorarem o fato das cidades já estarem
consolidadas, ainda propõem métodos globais que não consideram a realidade regional, e que tendem
ao fracasso quando aplicados sem a necessária adaptação às prioridades na escala local. O objetivo
desta pesquisa foi desenvolver indicadores de avaliação de sustentabilidade direcionados especialmente
para três situações: planejamento urbano de novas áreas de expansão; adensamento das existentes, e
requalificação de zonas degradadas. A metodologia adotada envolveu estudos sistemáticos
desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar oriunda de sete países ibero-americanos da Rede
URBENERE. Os principais aspectos de abordagem foram: forma urbana, densidade e compacidade,
múltiplos usos do solo e infraestruturas, ecologia e biodiversidade, energia, água, materiais e resíduos,
conforto exterior, segurança, amenidades, mobilidade, identidade e cultura locais, emprego, e
desenvolvimento económico. Como resultado foram estabelecidas as seguintes categorias de análise:
Forma Urbana, Ecossitema e Paisagem, Energia, Água, Materiais e Resíduos, Conforto Exterior,
Segurança, Amenidades, Mobilidade, Identidade Local e Cultural, Desenvolvimento Económico, e
Gestão Pública. Para cada categoria foram propostos indicadores, resultando num total de 103, cuja
principal função é avaliar a situação consolidada e indicar possíveis encaminhamentos
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