Estudo do processo de corrosão das estruturas metálicas da Estação Antártica Comandante Ferraz - Brasil

RESUMO

O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), organização integrante da Marinha do Brasil, e responsável pela manutenção corretiva e preventiva das estruturas da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), decidiu criar um Grupo de Trabalho Multifuncional (GTM) que além dos membros integrantes do AMRJ recebe também a colaboração de membros da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e tem como objetivo o estudo do processo de corrosão das estruturas metálicas daquela Estação. A EACF está situada em um local inóspito e de difícil acesso que faz com que a sua manutenção seja realizada a um custo mais elevado, portanto, é de vital importância que o projeto de suas estruturas, bem como, a escolha dos materiais empregados sejam os mais adequados de forma a minimizar o volume dos trabalhos das manutenções periódicas de suas estruturas metálicas. A EACF ajuda o Brasil a cumprir uma missão estratégica, garantindo a infra-estrutura necessária às diversas instituições de pesquisa e ensino conduzirem seus trabalhos científicos de campo.

O trabalho do GTM consistiu, na primeira fase, no estabelecimento de medidas de curto prazo visando a redução do processo corrosivo das estruturas metálicas da EACF e posteriormente na definição de experimentos, que a médio e longo prazo, permitissem a elaboração de um estudo conclusivo em relação ao emprego de sistemas de proteção contra a corrosão (esquemas de pintura) de suas superfícies metálicas, que é o objeto do presente artigo. O GTM decidiu produzir um ensaio de corrosão não-acelerado, por meio de uma Estação de Corrosão Atmosférica, denominada Estação de Corrosão Atmosférica Comandante Ferraz (ECACF), objetivando a determinação de parâmetros inerentes ao processo de evolução da corrosão. A ECACF é constituída de dois suportes com oitenta e oito corpos-de-prova, onde estão sendo testados diferentes esquemas de pintura submetidos ao - 2 - microclima Antártico, ressaltamos que também estão inclusos corpos-de-prova sem pintura e fabricados com materiais diferentes do aço carbono, que é o material tradicionalmente utilizado na fabricação dos módulos. Este artigo tem a intenção de apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa que deverá se prolongar até o ano de 2009, resultados estes que já permitem a formulação de conclusões preliminares e ações a fim de minimizar o processo corrosivo de suas estruturas metálicas e, conseqüentemente, a proteção do meio ambiente antártico.

Data: 2004

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