O processo de produção da Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo

RESUMO

Em novembro último, conclui-se a principal etapa de construção da segunda estação científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (LAT 00°56N/LONG 029°22W), cuja montagem foi realizada por uma equipe de 13 pessoas em 12 dias de atividades. A metodologia considerou o resultado das consecutivas avaliações da primeira estação para o delineamento das diretrizes projetuais, observando-se que as soluções adotadas com sucesso no projeto inicial foram repetidas e, aquelas que não tiveram o comportamento esperado ou que foram submetidas a situações não previstas, foram substituídas ou aprimoradas. Na etapa de projeto, o envolvimento de várias instituições permitiu a necessária visão interdisciplinar, sendo considerado desde a necessidade de estruturas resistentes a abalos sísmicos e possíveis avanços de ondas do mar até as questões relativas à máxima eficiência e mínimo impacto ambiental, ressaltando que os principais limitantes foram a capacidade de suporte do ambiente e a logística disponível. Semelhante ao projeto original anterior, as fundações foram compostas por discos em concreto entremeados por manta asfáltica e amarrados entre si através de barras rosqueadas de aço inoxidável, com ancoragem no solo em cerca de 40 cm. Sobre as fundações foram instalados amortecedores de neoprene e aço inoxidável, visando a absorção dos esforços provenientes de abalos sísmicos. O método construtivo foi o mesmo adotado para a Estação anterior – sistema viga-laje em madeira – cujo intertravamento de peças de madeira e barras rosqueadas de aço inoxidável conferem a desejável rigidez ao conjunto. Adotou-se o tamarindo (Dialium guianensis) e o jequitibá (Cariniana micrantha) com teor de umidade em 12%, sem tratamento e de primeira qualidade. As paredes foram pintadas com tinta acrílica e as esquadrias e detalhes construtivos tratados somente com selador. A nova estação, com 85m², é mais ampla que a anterior e possui janelas maiores com venezianas de aletas móveis e aberturas superiores objetivando o máximo aproveitamento da ventilação natural. O conforto dos usuários foi também otimizado através da adoção de telhas adicionais de recobrimento da cobertura, ampliando o isolamento térmico e reduzindo a possibilidade de vazamentos.

Data: 2008

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