Tecnologia da padronização: um desenho lógico

RESUMO

A dissolução das culturas esta provocando uma crise mundial de significados claramente perceptível em todas as formas de arte. A arquitetura brasileira, objeto de arte atrelado à construção civil, há muito vem se modificando em detrimento ao processo liberal que no Brasil vem sendo associado a falta de investimentos na cultura popular, sendo esta a única verdadeiramente fundamentada nas necessidades materiais e simbólicas da maioria de nossa população.

A recente criação das ISO’s faz com que as empresas do setor construtivo passem por uma maior necessidade de se planejar. Em razão disto, surge um novo operário mais especializado e adequado às novas tecnologias de melhor custo-benefício... Para a empresa.

A mais recente coqueluche das tecnologias construtivas é o “frame”, que inglês quer dizer “malha”. A utilização do frame, quando devidamente planejado, possibilita uma construção mais rápida, mais limpa e mais barata. Em paralelo, o país passa por uma situação carente de uma infraestrutura social de base. Apesar de contribuir para a formação do operário, o uso do frame só teria fundamento se aplicado na autoconstrução.

Outro problema é a associação desta tecnologia a questões de caráter simbólico. A maioria das construções que surgem em frame (seja o woodframe ou stellframe) é de estilo típico colonial americano, desconsiderando os estilos e os significados simbólicos da arquitetura brasileira, além de não se adaptar às condições climáticas tropicais.

No entanto não significa que o sistema construtivo seja fechado dado aos primórdios culturais de seu surgimento. Várias propostas vêm sendo feitas na UFES (Universidade Federal do Espírito santo) com a intenção de aplicar a tecnologia construtiva aos padrões culturais brasileiros, bem como adapta-la a questões que envolvem o conforto e a sustentabilidade ambiental utilizando formas de ocupação que agridam pouco ao ambiente e que sejam de melhor conforto ao usuário. Na maioria dos casos também é possível a utilização de materiais construtivos reciclados ou recicláveis.

Data: 2003

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