Estação de corrosão atmosférica Comandante Ferraz - Resultados Preliminares
RESUMO
Os estudos específicos sobre a corrosão em elementos metálicos submetidos aos condicionantes antárticos se iniciaram em 2002, após a XII RAPAL, fruto da constatação pelos países participantes daquela reunião, da necessidade de se concentrar esforços para a busca de soluções a problemas comuns a todos os APAL. A partir de então, o Brasil tem desenvolvido estudos sistemáticos com a apresentação de resultados nas reuniões anuais subseqüentes, realizadas em Montevidéu (2003), Guayaquil (2004) e Lima (2005).
Este artigo aborda especificamente os resultados do ensaio de corrosão não acelerado, realizados no período de janeiro de 2004 a abril de 2006, por meio da análise das imagens produzidas trimestralmente dos cupons (corpos de prova) instalados na Estação de Corrosão Atmosférica Comandante Ferraz, implementada pelo Brasil na Península Keller, Baía do Almirantado.
Embora o experimento esteja previsto para durar cinco anos, os resultados preliminares permitem afirmar que há uma perceptível influência do ambiente onde as superfícies são tratadas, visto que os corpos de prova pintados na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) apresentaram pior desempenho do que aqueles de mesmo material com esquema de pintura realizado no Brasil. Observa-se ainda que a posição dos cupons em relação ao solo – 0°, 45° ou 90° - também interferem no grau de enferrujamento e, nas regiões de solda, quando aplicado um composto galvânico, tendem a ocorrer melhores resultados reduzindo a fragilidade desse ponto específico.
Os corpos-de-prova de aço cor-ten apresentaram a corrosão esperada, porém existe a necessidade de um maior tempo de observação para a análise efetiva dos resultados. Já os materiais considerados “nobres”, pelo alto custo de produção – como o alumínio e o titânio – estão apresentando excelentes resultados não sendo, ainda, realizados os estudos da relação custo x benefício ao longo da vida útil estimada.
Data: 2006