Qualidade do Ar Interno (QAI) em edificações na Antártica: identificação de fontes e estratégias de controle
As estações científicas na Antártica configuram situações reais de funcionamento de um edifício, o que as torna um potencial objeto na investigação da Qualidade do Ar Interno (QAI).
Neste contexto, o presente trabalho diagnosticou pela primeira vez, as principais fontes de contaminação aérea na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e determinou estratégias de controle da QAI para edificações brasileiras antárticas. Essas estratégias foram incorporadas ao projeto de reconstrução da EACF, necessário após o incêndio em fevereiro de 2012 que destruiu o corpo principal da Estação. Dentre os pontos positivos propostos pelo novo projeto, em relação à qualidade do ar interno, tem-se a implantação por blocos, um sistema de renovação de ar eficiente e a preocupação na especificação de materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis
(COV). No entanto, em função das características de confinamento de uma estação científica na Antártica, a especificação de materiais que incluam colas e resinas, mesmo certificadas, é preocupante para a saúde humana.