A sustentabilidade obrigatória da estação científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo

RESUMO

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo poderia ser apenas mais um conjunto de ilhotas no Oceano Atlântico, quase desconhecidas, dessas que apenas pescadores e navegadores curiosos contam histórias.

Distante 1.010 Km de Natal – RN, aparenta ser um local inabitável, considerando a ocorrência de abalos sísmicos, ausência de água doce e vegetação, entre outros fatores. Entretanto, neste local foi erguida a Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo.

A potencialidade do local, enquanto campo de pesquisa científica, especialmente nas áreas de geologia, climatologia, ornitologia, oceanografia e engenharia de pesca, justificavam tentar superar os fenômenos naturais. Assim, o projeto consistiu no desenvolvimento de um “protótipo” destinado à acomodação e apoio de trabalho para pesquisadores, tendo a sustentabilidade como princípio norteador, a qual percorre terrenos distintos e abarca variáveis diversas. Imaginar a Estação como um dos inúmeros fragmentos rochosos do local reafirma a coerência deste princípio. Tal qual a propriedade da natureza de auto-regulação que mantém os ecossistemas em contínuo funcionamento, a arquitetura adotada persegue esta dinamicidade.

No projeto, isto se reflete em ações especificamente voltadas para questões relacionadas ao conforto do usuário e à máxima eficiência energética, como a adoção de materiais construtivos adequados, o aproveitamento da ventilação e iluminação natural e adoção de sistemas de obtenção de energia e de dessanilização da água. Essa busca pela sustentabilidade, mais do que uma qualidade é uma necessidade básica de sobrevivência humana e garantia das atividades na Estação.

Assim, da idealização do projeto aos dias atuais, são sete anos de pesquisa intensiva, inicialmente vinculada à construção da Estação e, posteriormente, de cunho científico, sob responsabilidade dos pesquisadores. A ECASPSP, portanto, tanto cumpre seu papel de apoio à pesquisa como serve de objeto de avaliação, no que tange aos princípios de sustentabilidade, condicionante fundamental para qualquer intervenção naquele ambiente.

Data: 2004

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